Pecados Intocáveis

Capa de Livro: Pecados Intocáveis

Logo no prefácio, o autor deixa claro que o livro fala dos pecados que não são tão óbvios, mas sobre pecados sutis, cometidos por cristãos. E é por isso que precisamos do evangelho, pois ele não apenas traz salvação, mas também ensina a lidar com a constante atividade do pecado na nossa vida.

O primeiro capítulo tem como título “Santos comuns”. Inicia falando sobre a igreja de Corinto e de como era ela complicada, mas mesmo assim Paulo chama os membros de lá de santos. Santo não alguém que nunca erra, mas “alguém que Cristo comprou com seu sangue na cruz e separou para sim mesmo como sua propriedade”; logo, todo cristão é santo, apesar de ainda pecar. Cientes disso, devemos condenar todo pecado, seja ele o orgulho ou assassinato, a amargura ou o adultério. Apesar das diferenças, todos infringem a lei de Deus. Ao cometer, desprezamos a lei de Deus e, consequentemente, desprezamos o próprio Deus.

Mas graças a Deus, que em Cristo, há perdão para o roubo e também para a impaciência. Precisamos reconhecer nossa de condição de pecador, salvo, mas ainda pecador. Pois precisamos do evangelho: ele traz salvação e também ensina a viver segundo a vontade de Deus. Somos ao mesmo tempo responsáveis e dependentes. Temos a responsabilidade diante de Deus de “obedecer à sua Palavra e matar os pecados em nossa vida”, mas, “na verdade, somos totalmente dependentes do poder capacitador do Espírito Santo”. É ele que nos torna mais parecidos com Cristo e não nosso comportamento moralista.

No sexto capítulo, o autor traz orientações de como lidar com o pecado e ele traz resumo:

  • Use o evangelho.
  • Dependa do Espírito Santo.
  • Reconheça a sua responsabilidade.
  • Identifique os pecados sutis específicos.
  • Memorize e faça uso de versículos apropriados.
  • Cultive a prática da oração.
  • Chame irmãos em Cristo para estarem ao seu lado.

Há quem afirme que a raiz dos pecados aceitáveis seja o orgulho, o autor declara que há um outro pecado ainda mais básico, que é a impiedade. Viver de forma ímpia é simplesmente viver como se Deus fosse irrelevante no seu dia-a-dia.

Sejamos sinceros! Cremos que Deus é soberano e controla todas as coisas? Nossas atitudes (ação e reação) honram a Deus? As pessoas percebem que cremos em Deus, não só para a salvação, mas em qualquer coisa? Vamos refletir se temos atitudes que são esperadas pelos santos ou pelos ímpios (aqueles que não creem em Deus).

A partir do capítulo 8 o autor passa a falar dos pecados de forma mais específicas. Lembra-nos que:

  • “O oposto de confiar em Deus é ansiedade e frustração”; “em vez de cremos, somos propensos a nos concentrar nas causas imediatas da ansiedade em vez de lembrarmos que elas estão sob o controle soberano de Deus”.
  • Insatisfação é pecado, pois a não satisfação é gerada pela exclusão de Deus nas circunstâncias da vida. O descrente é que exclui Deus.
  • Ingratidão é um insulto, uma afronta contra Deus, aquele que tudo criou e tudo provê. É necessário criar o hábito de agradecer a Deus por tudo!
  • E o que falar do orgulho? Moralismo, superioridade, arrogância pelo conhecimento, desejo de ser reconhecido... tudo isso é pecado, ninguém faz as coisas corretas se não por Cristo e o desejo de ser reconhecido não glorifica àquele que nos capacita.
  • Dentre as qualidades graciosas de um cristão está o egoísmo? Claro que não! É fácil detectarmos o egoísmo no outro, mas não em nós. Devemos seguir o exemplo de abnegação de Cristo (lembrando que isso nos custará alguma coisa).
  • Domínio próprio é fruto do Espírito, mas é comum ver cristãos descontrolados, na língua, nos desejos, nos impulsos, nas emoções, paixões. Irritamo-nos facilmente e quem sofre são os mais próximos a nós; assim também é a ira: as pessoas que mais amamos são as que mais sofrem com essa característica da nossa natureza caída.
  • E a impaciência? Também é pecado! Paciência também é uma das manifestações do fruto do Espírito. “A paciência é uma virtude a ser cultivada”.
  • Nossa mania de julgar é pecado. Não o julgamento embasado biblicamente, mas o que se proíbe é o julgamento quando tomo por base minha vida, como se eu fosse superior, correta, perfeita, sem pecados. E sempre tratando os pecados dos outros como mais graves que o meu.

O livro ainda trata da inveja, ciúme, competitividade, rivalidade, fofoca, mentira, difamação, sarcasmos, zombaria, grosseria, mundanismo (que é o estar apegado às coisas passageiras desse mundo – dinheiro, imoralidade e idolatria).

O autor finaliza que “o pior pecado que existe em termos práticos, é negar a existência desses pecados em nossa vida. (...) Nada substitui a humildade e a confissão sincera de nossos pecados como o primeiro passo para lidar com eles. (...) O mundo vive de olho em nós, mesmo quando desdenha de nossos valores e rejeita nossa mensagem. Podemos achar que nossos pecados sutis estão escondidos de seus olhos, mas, de alguma forma, o mundo nos enxerga. (...) Elas nos veem como ‘santarrões’, ou como hipócritas que não praticam o que pregam”. E, mesmo que as pessoas não enxerguem nossos pecados sutis, não vamos deixa-los intocáveis. Todo e qualquer pecado é contra nosso Deus Santo!

Que Deus nos ajude!

Adelaine de Sousa

Trecho:

"Este livro é resultado da convicção crescente de que as pessoas entres nós, a quem chamo de evangélicos conservadores, ficaram tão preocupadas com alguns pecados graves da sociedade que deixaram de lado a necessidade de lidar com nossos pecados mais 'refinados' ou óbvios".

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