Em II Coríntios 3. 1-6 Paulo continua a defesa de seu ministério, pois os fariseus faziam oposição a Paulo e queriam ver cartas de recomendações. Os judaizantes faziam oposição a Paulo (Saulo era assim, perseguia os cristãos).
É importante lembrar que naquela época a carta de recomendação era como se fosse uma procuração dos dias atuais. E já em II Coríntios 2.17 Paulo mostra sua integridade.
Tábuas de pedra e coração
Em primeiro lugar, II Coríntios 3.2 Paulo afirma que a carta de recomendação era a transformação que ocorreu nos corintos. I Coríntios 6. 9-11 mostra como os corintos eram antes de Paulo (cultos pagãos, idolatria, sodomitas…). Em síntese, ele diz que a carta de recomendação é escrita no coração, pelo Espírito Santo.
Neste momento, o Pr. Augustus Nicodemus lembra-nos as tábuas de pedra (Êxodo 20. 12). Estas são exemplos de cartas externas, baseadas na lei; carta feita por escribas. Além do que, um ministério deve ser julgado pela fidelidade. A autoridade reside nos fatos. Contudo, convém lembrar que a fidelidade produz resultados, frutifica. É necessário deixar claro que a fidelidade que não produz fruto é exceção.
Comentário de Hernandes Dias Lopes em II Coríntios 3. 1-6
Em seu comentário, o Pr. Hernandes Dias Lopes fala que nos somos a carta escrita por Deus. Ele é o autor e o remetente. As pessoas podem não ler a bíblia, mas sempre estão nos lendo. Por isso, nada deve macular a honra do autor. O Pr. Hernandes também fala sobre a Antiga e a nova aliança. Ele explica que a primeira era sobre o que devemos fazer para Deus, já a segunda é o que Deus fez por nós.
Sem presunção
E assim Paulo continua sua defesa, porque a confiança que o ministério tem vem do Espírito Santo e é por Cristo.
Com toda certeza, Paulo não é presunçoso. Ao contrário, ele é ciente que tudo vem de Deus, mediante Jesus Cristo.
II Coríntios 3. 1-6 e a nova aliança
No versículo 6, Paulo fala do ministério da nova aliança ( Jeremias 31. 31-33 – lei escrita no coração) e o ministério da antiga aliança (tábuas de leis) era baseado na letra.
Inegavelmente, falsos profetas pregavam a lei. Paulo pregava a nova aliança, que é superior.
A lei é santa, justa e boa, mas condena
A lei, apesar de ser justa, boa e santa ela, sobretudo, nos mostra como é inflexível. Em Ezequiel 18. 4 vemos que a alma que pecar, essa morrerá. A lei anuncia a sentença de morte para o pecador e é por isso que a letra mata.
Já na nova aliança, o ministério do Espírito Santo traz vida, aqui os pecados são perdoados e esquecidos. O Espirito Santo nos capacita a cumprir a lei, já que é uma coisa que é impossível por nós mesmos.
Enquanto na lei exige perfeição, na nova aliança tem a justificação. Na antiga aliança a conversão era em crer no Messias que viria, e na nova aliança é crer no Messias que já veio.
Aplicações em II Coríntios 3. 1-6:
Primeiramente, aprendemos em II Coríntios 3. 1-6 que não devemos construir ministérios através de “currículo”, afinal, tudo é obra do Espírito Santo. Entretanto, isso não é um desestímulo para não estudar. É necessário estudar, mas sempre na dependência de Deus.
Segundo, devemos ter a consciência da nossa insuficiência e dependência de Deus. Dependência total! Acima de tudo, devemos agir visando a glória de Deus.
Por fim, somos movidos pelo que cremos! Cremos em regras? “Pode não pode”? Ou em Deus? E é apenas através da obra que ele fez em nós, que podemos cumprir a lei.
Clica aqui para ler o estudo anterior (II Coríntios-2-12-17)!
Clica aqui para ler o texto de II Coríntios 3. 1-6.
Pecadora que crê em Cristo e quer fazê-lo conhecido.
Cirurgiã-dentista (UPE). Doutora e mestre em Odontologia (UFPE).
Pós-graduada em Aconselhamento Bíblico pelo Seminário Presbiteriano do Norte.
Graduanda em Comunicação Social/rádio, TV e Internet (UFPE).