II Coríntios 4. 7-15

II Coríntios 4

Neste trecho da Bíblia de II Coríntios 4. 7-15 Paulo continua se defendendo das acusações dos judaizantes, pois diziam que a lei era um complemento para a salvação. Ou seja, para ser salvo não bastava apenas crer em Jesus, segundo os judaizantes.

É importante lembrar que Paulo não fazia uma auto-defesa, mas a credibilidade do que ele dizia estava ligada ao seu caráter. Ele defendia para manter a integridade da palavra que falava e isso quebra a ideia de culto à pessoa.

Paulo fez uma comparação com o vaso de barro, pois era um objeto de baixo valor e bem frágil. Mas isso era justamente para mostrar que o que tinha valor era o tesouro dentro do barro.

Os acusadores de Paulo diziam que a palavra que ele falava era mentira porque os judeus não acreditavam na palavra, mas eles tinham o véu da incredulidade. Isso impedia de crer no Messias. Paulo nunca falsificou o evangelho para ter resultado. As pessoas que não criam eram as que estavam indo para a perdição.

Uma outra acusação era que Paulo apanhava por onde passava. Ele era perseguido. E Paulo nunca negou que era perseguido.

Aqui temos a lista de sofrimento de Paulo:

  1. II Coríntios 4. 9-13
  2. II Coríntios 4. 8-9
  3. II Coríntios 6. 4-10
  4. II Coríntios 11. 23-29
  5. II coríntios 12. 7-9ª
Evangelho: Vida para os salvos e morte para os incrédulos.

Deus age de formas diferentes

Com isso vemos como Deus age de diferentes maneiras para com seus filhos. Por exemplo, a Abraão deu riqueza, a Paulo deu provas. Entretanto, sempre devemos confiar que Deus sempre faz o melhor, embora nem sempre entendamos (Romanos 8. 28-29). Apenas Deus sabe os meios para deixar cada filho seu mais parecido com Cristo.

Retornando ao versículo 7 da passagem de II Coríntios 4. 7-15, sobre o vaso de barro que contém o tesouro do conhecimento de Jesus Cristo. Isso é justamente para que o tem valor apareça e para que isso aconteça, o vaso precisa ser quebrado. Por isso Paulo sofria. Por isso os cristãos são quebrados das mais diversas formas. É por isso que o Pr. Hernandes Dias Lopes diz em seu comentário: “O vaso se quebra e precisa ser substituído, mas o evangelho é eterno e jamais pode ser mudado”.

Igualmente é com uma flor: sentimos cheiro da flor quando a esmagamos. Tudo isso é para ficar claro que quem recebe a glória é Deus e não Paulo, que é apenas um instrumento. Assim também foi o espinho na carne para ser sempre humilde.

Os contrastes

Apesar de todo sofrimento, Deus mantém Paulo vivo. E, em
II Coríntios 4. 7-15, Paulo também usa contrates para explicar as razões de sua confiança e encorajamento. Acima de tudo, estes contrates revelam a vulnerabilidade humana e exalta o poder de Deus ao cuidar de seus filhos.

Nos versículos 8 e 9 vemos que a graça de Deus em Paulo dá paz, tranquilidade. Mesmo não entendendo o caminho, Paulo era mantido por Deus. Providência divina em dar ânimo e os amigos podem ser um instrumento para isso.

Nos versículos 10-12, a razão pela qual Paulo vivia no limite era para que a glória se manifestasse. Paulo morre para que Cristo viva! Paulo vivia totalmente entregue a Deus. Uma vida avivada, manifestação da vida vitoriosa de Cristo. Somos vasos quebrados para abençoar pessoas.

A igreja brasileira

De modo diferente de Paulo é igreja brasileira. Ela quer comodidade, cura, zona de conforto, bem estar, prosperidade, bem diferente da história dos primeiros cristãos. Antes de mais nada, precisamos entender que Cristo não veio para nos dá conforto terreno, mas para nos dar a eternidade com Ele.

Teologia da Cruz

Certamente a bíblia ensina a abraçar o sofrimento. Porque isso nos muda e abençoa os outros. É primeiro a cruz e depois a ressurreição.

Paulo citando Salmo em II Coríntios 4. 7-15

No versículo 13 Paulo cita o Salmo 116.10.

“E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso também falamos”.

Fé vitoriosa

Certamente Paulo era movido por uma crença profunda (Versículo 14), por isso era imparável. Ele tinha fé em Cristo. Através de Paulo, Deus dava vida a outros. A ressurreição mostra que a morte não é o fim e Paulo crê na ressurreição, pois isso não se abala. E sabe que Deus o livrará das aflições em algum momento.

Outro motivo dessa fé vitoriosa vemos no versículo 15, onde Paulo deixa claro que tudo é para a glória de Deus.

“O centro de todas as coisas não é o homem, mas Deus”.

Hernandes Dias Lopes

Conclusão em II Coríntios 4. 7-15

Sofrimentos fazem parte da vida e do ministério cristão. Isso nos prepara! Nossa vida é como um vaso de barro que precisa ser quebrado. Sofrimento é algo ordinário na vida do cristão. Por isso pedimos que Deus nos dê graça e expectativa na ressurreição dos mortos.

Por fim, no momento de perguntas e respostas surgiu um comentário sobre a autopenitência, comum a alguns católicos romanos. O Pr. Augustus Nicodemus explicou que eles fazem isso como uma forma de redenção. Mas para o crente, o sofrimento é didático.

Veja aqui outros textos em II Coríntios. Lembrando que todos esses textos são baseados nos estudos ministrados na Primeira Igreja Presbiteriana do Recife, tanto pelo Pastor Augustus Nicodemos, quanto pelo Pastor Cláudio Albuquerque. Para escrever, também leio o comentário bíblico em II Coríntios escrito pelo Pastor Hernandes Dias Lopes.

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