II Coríntios 11. 21-33

Vantagem

A princípio, o Pr. Augustus Nicodemus fez uma introdução explicando que Paulo pede permissão para continuar contando vantagem, se gloriando; primeiro os corintos achavam que Paulo era um tolo e, segundo, porque o que estava em jogo era a igreja. O falsos mestres assassinavam a reputação de Paulo e ligavam a reputação da pessoa à mensagem falada.

Desse modo, Paulo entra no jogo dos falsos mestres. O jogo era: Quem conta mais vantagem?

Todavia, Paulo conta vantagens por coisas vergonhosas, porque o verdadeiro sucesso do ministro é a quantidade de privações sofridas por amor ao evangelho.

Vantagem: origem, nacionalidade.

Os falsos mestres contavam vantagem por isso. Mas Paulo era tão hebreu quanto eles. Israelita (Jacó) – cidadania – porque fazia parte do povo da aliança. E também era da descendência de Abraão.

Entretanto, nada disso tinha valor, pois a igreja é o Israel de Deus. Paulo fala essas coisas porque se preocupa com a igreja e não com sua reputação.

Vantagem: sofrimentos de Paulo em prol do Evangelho

  1. Paulo foi perseguido pelos judeus.
  2. Arriscou sua vida na viagens missionárias.
  3. Sofreu privações (boa parte de forma voluntária), pois Paulo se sustentava, pregava. Era pioneiro no trabalho.
  4. Teve sofrimento interior. Sem dúvida Paulo se preocupava. Mas essa preocupação não era pecaminosa, era de cuidado com a igreja, zelo.
  5. E, por fim, uma fuga humilhante. Uma experiência humilhante em Damasco.

Paulo narrou isso para contar vantagens, mas eram coisas de fracassado. Se fosse hoje, poderiam até pensar que ele tivesse sido abandonado por Deus.

O Pastor Hernandes Dias Lopes fala em seu comentário sobre II Coríntios:

“Paulo concluiu essa linhagem de sofrimento jogando uma pá de cal na presunção de seus oponentes. Enquanto eles se gloriavam em suas virtudes e realizações, Paulo diz: ‘Se tenho de gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza’ (11.30). Paulo sabia que sua autoridade não vinha de suas habilidades, mas de seu chamado (Rm 1. 1,5); não de sua força, mas de sua fraqueza; não de seus feitos, mas de suas cicatrizes”.

Porém, Evangelho é Deus humilhando seu próprio filho após ser rejeitado pelo seu povo e pelos romanos. Se Cristo sofreu e nós que somos discípulos dele, o crucificado?!

Paulo fala da sua fraqueza.

Aplicações

  1. Devemos dar graças a Deus por não passarmos o que Paulo passou. Olhando a história do cristianismo, vemos que a perseguição é comum.
  2. Precisamos estar prontos para sofrer por amor a Jesus.
  3. Devemos ter cuidado para não medir o amor de Deus por nós por prosperidade, sucesso, saúde…
  4. Resistamos bravamente a qualquer coisa que negue a teologia da cruz.

Por meio de muitos sofrimentos nos importa entrar no reino de Deus e isso é bem diferente do que a teologia da prosperidade prega.

O vídeo desse estudo está no canal do Youtube da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife-PE.

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