A Igreja e o criacionismo: um livreto de Adauto Lourenço, publicado pela editora Fiel.
Introdução
"Desenvolver uma estrutura de pensamento coerente e consistente é um dever de todos quanto seguem o mestre". E, sem dúvida, a responsabilidade da igreja é tornar conhecida a multiforme sabedoria de Deus (Efésios 3.10).
Uma separação saudável
Primeiramente, cada área do conhecimento tem sua função e os seus limites e limitações. E uma distinção que precisa ser feita é que ao tratar da origem do universo referindo-se ao evangelho, não se fala em fé, mas em ciência. Todavia, ao se tratar da maneira como Deus criou o mundo, é uma questão de fé.
Em outras palavras, a natureza revela um Criador (ciência), mas ela não revela quem é esse criador especificamente (fé).
"A natureza é o 'poema' de Deus para que todos os seres humanos tenham a percepção da existência do Deus Criador".
Mas, por estarmos nesse mundo caído, mudamos o objeto da adoração. Adorar o que foi criado e não o criador está sendo uma regra e não uma exceção; mesmo sendo a função da ciência, ao estudar a natureza, apontar o indivíduo para o seu Criador.
Pela ciência, vemos que há um criador, já pela religião, aceito quem é o criador. "O cristianismo revela quem é o Criador".
O criacionismo científico
Antes de mais nada, os argumentos do criacionismo científico são científicos e não religiosos. Um ponto que chama atenção é que na teoria do Big Bang há leis físicas estranhas e desconhecidas; e esse tipo de lei é conhecido por milagres. Ademais, "a existência de um universo bem afinado, fortalece ainda mais a proposta de uma criação por meio de um design inteligente".
Neste capítulo, Adauto Lourenço ainda traz uma parte bem interessante sobre o criacionismo na história, relatando grandes nomes da ciência que são criacionistas.
Criacionismo Religioso
Inegavelmente, é preciso distinguir o criacionismo científico do religioso. Este último trabalha com pressuposições religiosas que podem ter implicações científicas.
Assim sendo, é preciso entender que dos muitos criacionismos ligados a religião destacam-se: o cristão, o judeu, o islâmico e o hinduísta. E este livreto fala um pouco sobre cada um, além de suas variações.
Criacionismo Bíblico
"Toda Ciência devidamente estabelecida e toda Escritura corretamente interpretada nunca entrarão em contradição".
Neste capítulo, o autor explica que a Bíblia não foi escrita para ensinar ciência, porém suas afirmações científicas são testáveis e compatíveis com as descobertas científicas. O autor traz exemplos de afirmações científicas que tem na Bíblia (o valor de π é um deles!). Entretanto, também afirma que há elementos na narrativa da criação de Gênesis, como na teoria do Big Bang que não são testáveis; são aceitos pela crença que eles teriam acontecidos.
De fato, a Bíblia não tenta provar que Deus existe, pois ela está baseada na pessoa de Deus que nela se revela.
Aqui também se vê sobre a cronologia de Gênesis, evolucionismo e como um mau entendimento sobre isso pode ocasionar um problema teológico. Pois acreditar no evolucionismo é um ataque frontal à obra de Cristo (lendo o livro você vai entender esse erro).
E, por fim, fala sobre a função da igreja; que é estabelecer a verdade no mundo, na sociedade, em todas as áreas! E isso é porque conhecemos o Criador, o Deus Triúno.
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"A natureza revela um Criador. Mas ela não revela 'quem' especificamente é esse Criador".