A princípio, é importante dizer que esse texto é a minha anotação do culto de hoje, 12 de janeiro de 2025. Às 10h da manhã, na Igreja Presbiteriana das Graças, em Recife-PE. E o título é o mesmo, “O que nos impede de um relacionamento pleno com Deus até a morte?”
Quem pregou foi o Pb. Roberto Pereira.
O texto base foi Mateus 14.1-12, mas a história também é narrada em Marcos 6. 14 – 29.
O presbítero iniciou o sermão relatando do nosso anseio por significado, crise de identidade… Deus me aceita? Deus vê meu sofrimento? Ele é poderoso? Com certeza, podemos ter muitas dúvidas.
Com certeza enfrentamos crises. Mas a crise ou quando não entendemos, isso não é o problema. Problema é o que fazemos com as dúvidas.
Há três padrões de pessoas para responder às crises:
O primeiro padrão é Herodia, pessoa maligna.
E ela é assim descrita, porque usa a filha para seduzir o marido, o padrasto da menina, para manipular o marido pata conseguir o assassinato. E, infelizmente isso é comum. Pessoas obstinadas, para conseguir o que quer, o que acha necessário para seu significado.
Flávio Josefo diz que que Herodias era casada com o irmão, mas adultera para conseguir ser rainha. Tinha fome de poder. Mas no final, ambos são exilados. Herodias quer o que ela quer. Muito comum atualmente. Mata a pessoa que lhe confrontou ao dizer que ela estava errada. Lembra Saul, era a mesma coisa: fome de poder (1 Samuel 15. 23), usa pessoas.
Já o segundo padrão é Herodes.
Esse é aquele que vive em cima do muro. Comum até nas igrejas. Gostava de ouvir João Batista, sabia que tinha uma verdade. Prendeu, matou por causa de Herodias. Apesar dele ter temor para com João Batista. Na hora da dúvida, vem a tona seus ídolos: poder, sensualidade… não permanece de acordo com as palavras de João Batista.
Muita gente até admira o pregador, pregação… porém o que domina é o poder, a sensualidade… não quer perder poder, virar motivo de chacota. Não abre mão das coisas humanas. É uma tragédia ficar em cima do muro.
Todavia é preciso abandonar as coisas efêmeras do mundo, pois isso não da significado nenhum, nem satisfação, nem estabilidade. Isso nada mais é que temor dos homens. Isso escraviza, pois torna a pessoa massa de manobra. Lucas 23. 8… conta o final da vida de Herodes.
E o terceiro padrão é o de João Batista.
Tinha relacionamento pleno com Deus até a morte. Entrega por completo a sua vida nas mãos de Deus. Mateus 11. 2,3. João sofre por ser fiel a Deus. João pediu pra perguntar se Jesus era o Messias mesmo ou viria outro. Ele tinha dúvida. “O Senhor me ama? Vê as injustiças?…”
Não apenas João Batista, porém a Bíblia tem outros exemplos de pessoas que levaram suas dúvidas para Deus. Abraão e Sara, Moisés, Gedeão, Elias, Tomé, pai do menino possesso (pede ajuda na falta de fé)… todos fizeram isso: transformaram dúvida em entrega. É crer em Jesus!
João recebeu uma promessa que nós temos concretizada.
Jesus, justo, sem defeito. Foi preso pelas autoridades, tratado como maldito, injustiçado. Mas Jesus recebeu a ira de Deus por nossa causa, nossa iniquidade. Ele foi abandonado por Deus na cruz. Jesus recebeu a condenação que a gente merecia. Agora temos a certeza de que nunca seremos abandonados, nunca seremos abandonados por Deus.
Deus não condena o mesmo pecado 2 vezes. Podemos não entender o que acontece com a gente, mas Deus está no controle da nossa existência, por isso entregamos nossas dúvidas a Deus. Temos confiança em Deus.
E, no final dessa história, em resumo, não é para ter pena de João Batista, mas sim de Herodes e Herodia. Pois, morte é lucro, pois estaremos eternamente com o Senhor, como diz o apóstolo Paulo.
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Pecadora que crê em Cristo e quer fazê-lo conhecido.
Cirurgiã-dentista (UPE). Doutora e mestre em Odontologia (UFPE).
Pós-graduada em Aconselhamento Bíblico pelo Seminário Presbiteriano do Norte.
Graduanda em Comunicação Social/rádio, TV e Internet (UFPE).