Bebês devem ser batizados?

Capa de Livro: Bebês devem ser batizados?
Edições:Brochura

E. Watson admite que “o batismo de criancinhas não é um assunto de importância primária” (mas não é insignificante) e não se preocupa se esse livro irá trazer mais controvérsia, “desde que essa seja realizada em um espírito de brandura e amor” e que conduza as pessoas a irem às Escrituras.

Ele fala sobre a Teologia da Aliança (creio que é a base para entender o batismo infantil, apesar de ainda não ter lido muito sobre esse tema) e que entendeu de uma maneira não esperada pelos os que a defendem.

No primeiro capítulo vê a questão se os judeus batizavam as crianças, no segundo se João Batista batizava e cita uma frase de Francis Turretine (defensor dos cânones de Dort): “João nunca admitiu ao batismo de alguém que não confessasse os seus pecados, pois seu  ministério consistia em batizar adultos”.

O terceiro capítulo diz que Jesus incumbiu aos seus discípulos a obra de batizar os convertidos. No quarto, cita vários autores que concordam com a sequência: fazer discípulos, batizar e discipular; pois afirma que o batismo é para os que se submeteram ao evangelho e professaram isso. O capítulo seguinte trata dos apóstolos e mostra que no Novo Testamento não tem nenhuma evidência direta em favor do batismo infantil.

O sexto capítulo é dedicado para evidências indiretas. Diz que “o que tomou o lugar da circuncisão física (a sombra) foi a circuncisão espiritual (a realidade), e não o batismo”. Afirma que a “contínua prática da circuncisão na igreja de Jerusalém é uma forte e provável evidência de que os membros da igreja não batizavam suas crianças”. No sétimo e oitavo, diz que o batismo infantil não é autorizado pelo Novo Testamento e inconsistente com seu ensino.

No nono capítulo afirma que não há evidências de batismo infantil nas obras de Melito, Policarpo, Teófilo de Antioquia, Atenágoras e Clemente de Alexandria. Já o Didaquê relata apenas sobre o de adultos. E, por volta do ano 200, Tertuliano é a primeira pessoa da história cristã a mencionar o batismo de crianças.

O décimo traz a tona que os pedobatistas recorrem ao Antigo Testamento buscando autoridade para uma ordenança neo-testamentária. No capítulo onze tem o argumento de que “batizar aquele que não professam fé é contrário tanto ao desígnio do batismo quanto à prática dos apóstolos”.

Em seguida mostra o argumento da “aliança”, mas que “perde uma parte de seu significado se for administrado aos bebês como um símbolo da Aliança da graça”. Além de afirmar que é um retrocesso, pois tudo isso foi alterado na nova dispensação (aqui é nítido que se deve estudar a teologia por trás de cada tipo de batismo), na qual os favores outorgados são espirituais e não de relacionamentos físicos.

No último capítulo, o quatorze, relata os males deste tipo de batismo e, um deles, é a autoridade da tradição. Em criança, o autor afirma que o batismo deixa de ser um sinal externo da fé.

Ele conclui que usou argumentos de pedobatistas e que, “independentemente de suas convicções: arrependimento para com Deus, fé em Cristo, amor a todos os irmãos, compaixão para os que estão perecendo, estas são coisas muitíssimo importantes”, mas perverter uma das ordenanças de Cristo não é um pecado insignificante.

Confesso que os argumentos usados são lógicos, mas não ouso opinar sobre um assunto que nunca me dediquei a estudar. Esse foi o primeiro livro lido sobre o tema.

Adelaine de Sousa

Trecho:

"Acima de tudo, com oração, examine as Escrituras muitas vezes. É seu dever estudar esse assunto até que esteja satisfeito em seu próprio coração.

...O batismo de criancinhas não é algo insignificante. [...] mas o reino dos céus não consiste de batismo (quer seja de bebês, quer seja de adultos), e sim de justiça, alegria, e paz no Espírito Santo"

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *