II Coríntios 12. 14-18

Dinheiro

Antes de mais nada, o Pr. Augustus Nicodemus explicou que o dinheiro tem sido a causa de destruição de muitos ministérios. Inclusive, ele fala uma “piada” que diz que há três barras que pode causar destruição: barra de ouro, barra de saia e barra de catuaba; ou seja, dinheiro, mulher e bebida.

Ele também explica que Paulo tinha dito sobre a intenção de fazer uma terceira visita à Corinto. Todavia, o que deveria ser uma visita cordial, prometia se tornar uma visita penosa.

Em estudos passados, Paulo já tinha falado as marcas de um verdadeiro apóstolo. Inclusive, chegou a ponte de se gloriar!

Mas, nesse momento, Paulo se concentra na terceira visita. O relacionamento estava tenso entre Paulo e a igreja em Corinto, por causa dos falsos apóstolos, e por isso precisava da intervenção de Paulo.

Foram quatro preocupações que Paulo teve e esse estudo é sobre a primeira.

Primeira preocupação: não pensar que ele queria dinheiro

Uma preocupação que Paulo tinha era que os corintos pensassem que ele queria se aproveitar financeiramente.

O versículo 14 fala que a intenção era abençoar e resolver problemas provocados pelos falsos apóstolos. Eles falavam que Paulo era mercenário, mas eles eram quem recebiam dinheiro; eles exigiam sustento, abusavam da hospitalidade, enquanto que Paulo dizia que ia visitar, mas não seria pesado. Paulo não ia exigir nada e oferece garantias:

Garantias

  1. Paulo não procurava os bens, mas os corintos. Paulo nunca teve interesse financeiro, pois o interesse era na salvação.
  2. Ele acredita que o pai dá ao filho e não o contrário (aqui parece que Paulo desconsidera o IV mandamento, pois honrar os pais também inclui ajuda financeira, quando necessário). Paulo via que não estava no tempo de ser sustentado. Era costume grego romano dos pais ajuntarem para os filhos, diferente dos pais americanos atuais, que geralmente doam suas fortunas para universidades ou outras instituições, para que o filho ganhe seu próprio sustento.
  3. No versículo 15 vemos que Paulo se gastava pelos corintos. Inegavelmente, Paulo estava preocupado com a alma do povo, com o estado eterno.
  4. Nem Paulo e nem os por ele enviados exploraram os corintos. Paulo relata fatos. Ele nunca foi pesado. Termina ironicamente quando fala “amando, será menos amado?”.

O povo pensava que Paulo tinha planejado pedir dinheiro quando fosse à terceira visita, mas qual era a prova que fazia eles pensarem que ele estava tramando pedir? Sem dúvida, não tinha prova.

O Pr. Hernandes Dias Lopes diz em seu comentário de II Coríntios que “a motivação dele não era lucro. Ele não fazia do ministério um negócio para se enriquecer. Não via a igreja como uma oportunidade para locupletar-se. Hoje, há muitos pastores que fazem da igreja uma empresa familiar e transformam o evangelho em produto, o púlpito num balcão, o templo em praça de negócio e os crentes em consumidores”.

Conclusões

A partir desse texto de II Coríntios pode-se tirar algumas conclusões.

A primeira é que é um dever bíblico a igreja sustentar dignamente seus obreiros. Em I Timóteo 5 fala sobre salário dobrado. Em Hebreus, Gálatas e I Co 9 fala mais sobre isso. No antigo testamento vemos que a tribo de Levi vivia dos dízimos dos israelitas. Paulo abriu mão disso e estava sendo mal interpretado. Diferente de Paulo, infelizmente, há obreiros que abusam disso.

A segunda é que uma das marcas de um pastor é que ele não está atrás do dinheiro do povo, mas tem cuidado na alma. Dinheiro não é a razão do ministério.

A terceira é que as igrejas não deveriam se aproveitar disso para dar pouco aos obreiros, pois isso pode fazer com que o pastor tenha que trabalhar em outro lugar. O pastor tem que sustentar a família e se tiver que trabalhar fora da igreja, sem dúvida, terá menos tempo para se dedicar as coisas da igreja, ao estudo etc.

E, por fim, a quarta conclusão é que questões financeiras na igreja devem ser tratadas com muito cuidado para não ser alvo de acusações. Paulo respondia às acusações com fatos, por isso é bom ter um bom administrador.

Aplicações práticas sobre dinheiro na igreja

A primeira é que o pastor deve examinar sua intenção: dinheiro ou alma? É sempre bom evitar coisas que possam dar margens para acusações.

A segunda é para quem está numa igreja que prega a teologia da prosperidade. Quem está prosperando? Você está la para prosperar financeiramente? É por isso que busca a Deus? A intenção também deve ser analisada.

Que Deus ajude cada filho seu a lidar bem com o dinheiro.

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