Como organizar sua vida e seu coração

Um guia para mulheres que querem vencer o caos

Capa de Livro: Como organizar sua vida e seu coração
Parte da Cruciforme série:
  • Como organizar sua vida e seu coração
Edições:Brochura

Ultimamente estou buscando conteúdos sobre organização, disciplina pessoal e temas afins, mas muita coisa que eu encontrei era de autoajuda e, ao ler, descartava todo o antropocentrismo e retia o que era bom (inclusive já escrevi alguns posts sobre, um exemplo é o texto sobre o livro O milagre da manhã).

Contudo, certo dia, enquanto procurava um determinado livro que foi indicado na igreja, encontrei o “Como organizar sua vida e seu coração”. Não era a primeira vez que tinha visto esse livro, masMulher lendo sobre organização como eu estou nessa vibe de ter uma vida mais organizada, decidi comprar (ainda mais porque estava na promoção).

Assim que comprei, comecei a ler (interrompi outras leituras), pois organização é uma necessidade atual.

Autoajuda ou ajuda do alto?

Carolyn MacCully, ao comentar sobre o livro, disse que “na presença do Espírito Santo há sempre esperança para mudar”. E isso é a diferença dos livros de autoajuda para livros que reconhecem a miserabilidade humana e por isso depositam a confiança na obra de Cristo. Esse livro mostra que antes de tudo precisamos é da ajuda do alto!

Os demais comentários apenas fizeram-me querer ler o livro todo o mais rápido possível! As comentaristas falavam sobre como a autora trazia a perspectiva espiritual da produtividade, como ela via o pecado como raiz desse problema e como a mesma se empenha em ajudar as leitoras a superar esse problema biblicamente.

Tudo atrasado

Staci começa falando sobre um episódio com sua família e confessa que luta para se manter organizada. A cada frase me identificava mais com autora. Cada tentativa que ela citou eu também já tinha tentado.

Além disso, falou sobre como a psicologia popular não ajudou, pois não tinha pra onde/quem transferir a culpa sobre a falta de organização.

Pecado

Dessa forma ela viu que essa desorganização era por causa de um sistema de crenças arruinado, era pecado.

Em seguida, mostra como a falta de organização rouba a alegria, deixa a pessoa cansada e estressada, podendo até motivar brigas.

Ciente disso, ela nos convida a uma reflexão sobre nosso coração para vermos como isso atrapalha até mesmo nossa caminhada com Deus. Pois, apesar da salvação ser obra da Trindade, devemos lutar contra todo e qualquer pecado. Temos responsabilidades.

Mania de perfeição

Esse é o nome de um capítulo e nele Staci nos mostra que a perfeição pode ser um problema, pois isso é bem diferente de dar o melhor e confiar em Deus para bons resultados.

Ela também fala sobre o pecado da idolatria, orgulho, temor dos homens etc. onde, muitas vezes, sob a desculpa de dar um bom testemunho, glorificar a Deus, a real intenção é receber elogios, por exemplo.

Podemos até enganar as pessoas com uma capa de piedade, entretanto Deus sonda nossos corações e sabe quando, por exemplo, uma mãe quer glorificar a Deus com a educação dos filhos ou chamar a atenção das pessoas em ser um modelo de boa mãe. Isso pode virar uma escravidão.

Sempre ocupada

Staci nos alerta sobre a ocupação em excesso, pois “estamos sempre tão ocupadas para Deus que não o servimos verdadeiramente”.

Toda mãe quer que seu filho seja bem sucedido (leia-se aqui bem sucedido materialmente) e isso é um desejo legítimo, mas como uma boa cristã, a mãe vai dizer que quer seu filho servindo a Deus etc. Todavia isso reflete o que é feito na prática? A rotina diária diz qual é a nossa prioridade.

Às vezes a muita ocupação pode revelar falta de fé na providência divina. Deus é soberano, ninguém pode negar isso, porém isso não exclui a responsabilidade humana.

Glorificando a Deus

“Deus não é glorificado pela quantidade de coisas que conseguimos fazer, pelos números de dias lotados de compromissos em nossa agenda, nem pelo tamanho da nossa lista de coisas a fazer. Ele se agrada quando o servimos com um coração sincero”. Transcrevi essa parte porque concordo que devemos zelar pela qualidade e não pela quantidade.

Qualquer coisa pode se tornar um ídolo

No capítulo sobre bens materiais, Staci escreve sobre o apego, acúmulo, compulsão, posse e como isso pode gerar sérios problemas para a pessoa e com quem ela se relaciona.

Descanso é bíblico, a ociosidade, a preguiça, não!

No relato da criação vemos que Deus separou um dia para o descanso. Na criação há teologia e nada mais sábio do que seguir o exemplo do criador em trabalhar de forma organizada durante seis dias e descansar um. Claro que Deus poderia criar tudo em um único instantes, mas Ele sabe como nos ensinar.

Trabalho não é castigo, não é consequência da queda. No paraíso havia trabalho, por isso todo esse desejo de parar de trabalhar não é bíblico. O que podemos fazer é pedir que Deus nos ajude com as consequências da queda em relação ao trabalho.

Procrastinação, preguiça e pobreza.

A procrastinação pode se tornar um estilo de vida. A autora nos diz que há ligação entre preguiça e pobreza e dos efeitos que tudo isso causa na própria pessoa e em quem está ao seu redor.

Tempo para tudo

Há um convite à reflexão sobre organização,  administração do tempo e nossa mordomia diante de tudo que Deus nos dá: tempo, vocação...

É necessário equilíbrio entre trabalho, descanso e laser. E só em Deus temos tudo isso na medida certa.

Circunstâncias difíceis

Este é outro título de um capítulo do livro. A autora demonstra a preocupação com o fato de o livro deixar as mulheres mais perdidas do que apoiadas. Ela dedica essa parte àquelas mães solteiras e as que estão passando por problemas de saúde e está ciente que há outras circunstâncias complicadas.

Deus é soberano

Nossa segurança é que Deus conhece cada situação enfrentada. Embora, às vezes pareça, Ele nunca está alheio ao que acontece neste mundo. E, do mesmo modo que já foi falado no início do texto, Deus é soberano e o propósito Dele é nosso bem maior (Romanos 8. 28-29).

Tudo o que nos acontece é para nos deixar mais parecidos com Cristo. Por isso devemos praticar o contentamento. Devemos nos deleitar na ação de Deus em nossa vida. Podemos descansar, pois Deus está no controle.

Nada de isolamento

A vida cristã é para ser vivida em comunidade. Cada membro é responsável pelo outro e, por mais grupos, comitês que existam nas igrejas para auxiliar os irmãos, precisamos pedir, declarar que precisamos de ajuda. Deus pode fazer tudo sozinho, mas ele usa seus filhos como instrumento de consolo, ajuda, conforto etc. uns para com os outros. É preciso revelar as necessidades para que o outro seja capaz de ajudar. Deixemos o pecado do orgulho para que este não impeça o auxilio.

Organização e dieta

Por fim, a autora compara organização com dieta. A gente sabe o que deve fazer, mas sente dificuldade de pôr em prática. Isso não é questão de desinformação, é descontrole. É necessário identificar os pontos fracos e planejar como lidar com eles.

Santificação

Só o Espírito Santo agindo em nós é que ocorre a mudança. Qualquer outra tentativa vai parecer mais um adestramento de comportamento.

A luta contra o pecado é diária, mas a graça e a misericórdia de Deus nunca se esgotam. Devemos nos comprometer com a mudança e, apesar da obra ser do Espirito Santo, temos responsabilidades.

Reflexões finais

É preciso encarar o pecado. Este é tido como um pecadinho (Já publiquei  dois livros sobre esses tipos de pecados que muitos nem consideram como pecado: “Pecados e pecadinhos”“Pecados intocáveis”).

Deus nos vê santos através de Cristo, mas é na santificação que vamos ir nos apropriando dessa condição. Apenas na glorificação é que o trabalho termina, até lá muita coisa Deus fará em nossa vida. Por isso não precisamos desaminar, caso caiamos novamente na desorganização. Há um Deus no céu, confessemos nosso pecado, nos arrependamos e confiemos que Aquele que começou a boa obra é fiel para aperfeiçoá-la até o dia de Cristo (Filipenses 1.6).

Leiam este livro! Oro para que ele seja um instrumento divino assim como foi para mim. Que ele possa nos ajudar a identificar as reais motivações das nossas ações e que busquemos sempre a Bíblia, pois Deus nos deu tudo o que é necessário para a vida e piedade (2 Pedro 1.3).

Trecho:

"Uma vida de adiamentos não será eliminada em uma tarde. Anos e anos de falta de planejamento financeiro não serão resolvidos em uma hora. Comprometa-se a mudar e busque em oração a força do Senhor para fazer isso. Mas esteja preparada para dias difíceis e desencorajadores. Vencer o pecado é algo que exige esforço, mas a paz que você terá depois sempre vale à pena".

Vislumbres da Graça

Capa de Livro: Vislumbres da Graça

“Vislumbres da Graça” é um livro que nos ajuda a ver como o evangelho é capaz de mudar nossa perspectiva sobre as coisas do dia a dia; nos ajuda a ver Cristo em todas as circunstâncias. Ele aponta para Cristo.

“O que o evangelho tem a ver com nossas vidas diárias no lar?” Tudo! Pois tudo deve ser para a glória de Deus. Vida espiritual é mais que ler a bíblia; não é apenas os momentos devocionais em casa ou na igreja, é a vida toda. Não há dicotomia. Somos governadas por Deus e, consequentemente, nosso dia também.

Lista para as mulheres

Gloria Furman traz a lista básica e prática que uma mulher piedosa deve ter e fazer. A lista está em Tito 2. E tudo isso é para que a Palavra de Deus não seja difamada. Além do que, ela afirma que pratos sujos na pia são oportunidades para se ter vislumbres da graça.

Culto racional

A autora nos lembra que “viver o seu dia a dia por amor a Deus é culto racional. (...) Pela renovação das nossas mentes, por meio da Palavra de Deus que opera em nós, podemos discernir como podemos honrar a Deus em nossas casas”, pois a perspectiva eterna nos ajuda a tomar as decisões e ter atitudes corretas.

Amizade e alimentação

“Vislumbres da graça” também ratifica sobre a importância de nos cercar de amigas, para que estas possam nos encorajar biblicamente e que o alimento não é apenas para repor energias e dar satisfação, mas para nos lembrar daquele que é o pão da vida: Cristo. Apenas Ele nos satisfaz.

Hospitalidade

Amei a forma como “Vislumbres da graça” trata sobre a hospitalidade. Fala de como Jesus deu a sua vida para que tenhamos um lugar garantido na casa do Pai. Devemos seguir esse exemplo de hospitalidade altruísta, generosa e autêntica. Mas isso só é possível quando somos libertas do egoísmo, orgulho, ganância etc. Também explica que não devemos paganizar essa hospitalidade, tudo deve ser feito por amor a Cristo e para a glória dele. A casa deve apresentar Jesus e não a nós mesmas.

Deus é sempre bom

Gloria conta várias coisas que aconteceram com ela e sua família e como Deus agiu. Deus é bom. Deus é sempre bom. Ele age com justiça e graça, e sempre faz tudo para nosso bem.

Para entendermos que até as circunstâncias ruins são para um propósito bom, precisamos de fé.

Reciprocidade nem sempre é necessária

Este livro me lembra que não devo ter relacionamentos apenas recíprocos. Devo servir sem esperar nada em troca. Devo servir como Cristo serviu, com a mesma generosidade. É impossível para nós fazermos algo recíproco diante da morte sacrificial de Cristo.

Devemos nos agarrar nas verdades bíblicas sobre o caráter de Deus. Precisamos viver a realidade do evangelho e isso irá nos motivar a amar as outras pessoas como Cristo ama.

Lar, um ídolo?

Alerta-nos sobre como é fácil fazer da casa um ídolo e negligenciar o que é realmente necessário para fazer um lar. E que muitas vezes descobriremos que o caos que percebemos ao nosso redor não está no ambiente, mas em nosso coração.  Por isso fala da importância do contentamento.

Cristo não muda apenas nosso destino eterno, muda tudo em nós!

O livro finaliza que “temos vislumbres da graça de Deus em nossos lares quando estimamos Deus por meio de evangelho de Jesus Cristo. A solução para os nossos problemas no lar e o encorajamento para o nosso prazer na vida do lar é a comunhão com Deus por intermédio do sacrifício expiatório de Jesus Cristo na cruz”.

Adelaine de Sousa

 

Trecho:

"Eu sei que servir minha família é o mesmo que servir a Jesus e, ao administrar meu lar, devo trabalhar como para o Senhor".

Pense Biblicamente

Recuperando a visão cristã de mundo

Capa de Livro: Pense Biblicamente

“Pense Biblicamente” é uma leitura que estava pendente desde o ano passado. Um livro de mais de 500 páginas que nos ajuda a ver que apenas a Palavra de Deus deve guiar nossos pensamentos e, consequentemente, nossas vidas. Não há ideias neutras; se a Palavra (a voz de Deus) não for a base, outra coisa será!

A tríade Criação/Queda/Redenção é usada para explicar a situação atual e mostra a necessidade de recuperar a visão cristã de mundo, pois só assim entenderemos a realidade mediante a perspectiva divina; tornando possível assumir um estilo de vida de acordo com a vontade de Deus.

Este livro nos incentiva a estudar bem os três primeiros capítulos de Gênesis para poder entender a situação atual; fala do mundo pós-moderno, masculinidade e feminilidade, música e adoração, sobre a importância do aconselhamento Bíblico em lugar do psicológico (questões morais devem ser tratadas tendo a Bíblia como base e não Freud, por exemplo, um devoto de Darwin que diz que o homem é um animal desenvolvido). Fala sobre a importância de se ter uma visão bíblica da ciência, da Igreja e Estado, uma reflexão honesta da história; fala sobre educação cristã (e não doutrinação secular), economia (que a forma como administramos nossos recursos reflete nosso coração) e finaliza com um capítulo sobre glorificar a Deus na cultura literária e artística.

Vale a pena está leitura, onde Jonh MacArthur e outros autores confrontam biblicamente diversas visões (falsas) de mundo que dominam nossos pensamentos. Desmascarando as visões tão em voga, vamos voltar à Bíblia e pensar biblicamente.

Adelaine de Sousa

Devocional Reflexões para a alma

Capa de Livro: Devocional Reflexões para a alma
Edições:Brochura

Este devocional é dividido em 52 semanas (1 ano) e a cada dia da semana tem uma tarefa. Por exemplo: na semana 2, o título é “Andando com Deus”; inicia com um texto sobre esse tema e em seguida tem 7 atividades para realizar a cada dia da semana. São atividades curtas (1 dia completa o versículo, outro dia memoriza versículo, canta um hino da harpa, noutro dia pede para escrever reflexões, noutro para ler 1 capítulo da Bíblia etc). Dá pra adaptar esse devocional até nas rotinas mais “pesadas”.

Lembrando de nunca substituir a leitura da Bíblia por qualquer livro devocional. É sempre bom ter algum plano de leitura bíblica, pois ir direto na fonte é sempre melhor. Mas sei que organizando o tempo, as prioridades, dá pra ler a Bíblia e o devocional.

Um detalhe é que a autora é assembleiana, assim, podem ser encontradas algumas divergências teológicas se você é calvinista, por exemplo.

Mas, apesar disso, como diz a própria autora na introdução: “Que você possa seguir os passos de Jesus a cada dia, reservando um tempo para seu devocional diário, e assim, amando a Jesus sobre todas as coisas, você crescerá nEle, por Ele e para Ele, ratificando a marca do discipulado do Mestre na sua vida”. Este devocional não é datado, assim, pode iniciar a leitura a qualquer momento!