II Coríntios 6.3-13

Apelo

Este estudo fala sobre o apelo de Paulo para que os coríntios se reconciliasse com ele. O estudo deste texto foi ministrado pelo Pr. Cláudio Albuquerque no dia 20/05/2019, na Primeira Igreja Presbiteriana do Recife .

Primeiramente, o Pastor Cláudio Albuquerque nos lembra do que já foi falado anteriormente. Paulo dá três motivações para o seu ministério:

  1. Temor ao Senhor.
  2. Constrangimento pelo amor de Cristo na cruz.
  3. Visão de Cristo e do mundo a partir da nova criação, ou seja, cosmovisão cristã.

Com base nessas três motivações, Paulo faz três apelos aos corintos:

  1. Que se reconciliassem com Deus (II Coríntios 5.11 – 6.2).
  2. Que recebam Paulo e se reconciliem com ele (II Coríntios 6.3-13), que é o estudo de hoje.
  3. Que rejeitem os falsos profetas (II Coríntios 6.14 – 7.1).

Segundo apelo de Paulo aos corintos (II Coríntios 6.13 – 13)

Paulo faz um apelo para que os corintos o recebam e se reconciliem com ele, pois essa situação foi causada pelos falsos profetas. E nos versículo de 3 a 10 Paulo se recomenda aos corintos.

Paulo nunca deu motivo de escândalo ao Evangelho, justamente para que o Evangelho não sofresse má fama. Sem dúvidas, Paulo tinha responsabilidade.

No versículo 4 vemos que a vida de Paulo era uma recomendação de que ele era ministro de Deus e ele lista as coisas:

Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias,
Nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, 2 Coríntios 6:4,5

Em seu comentário de II Coríntios, o Pastor Hernandes Dias Lopes nos lembra que “a vida cristã não é um mar de rosas, mas uma tempestade na qual não faltam nuvens pardacentas e trovões aterradores”.

Certamente Paulo via em toda essa situação a mão poderosa de Deus. Ele conhecia e cria na soberania de Deus e que tudo cooperava para o bem!

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.Romanos 8:28

Paulo traz as marcas de Cristo

Os versículos 6 e 7 mostram as marcas que recomendam o ministério de Paulo. Esses são equipamentos que Deus o equipou para enfrentar as situações difíceis ordinárias da vida cristã.

Na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido,
Na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda,2 Coríntios 6:6,7

Já nos versículos de 8 a 10, Paulo fala das contradições a respeito dele que seus acusadores faziam e a igreja absorvia. Para estes, Hernandes Dias Lopes nomeia de “os grandes paradoxos nas tempestades da vida cristã”, e afirma que isto esclarece a profunda diferença que existe entre a perspectiva de Deus e a perspectiva dos homens.

Inegavelmente isso já derruba a teologia da prosperidade, pois está é uma mentira. Com toda certeza, as pessoas que se entregam pelo evangelho trazem as marcas de Cristo.

Após essa explanação, Paulo pede para que o povo o receba (versículos 11-13). Pois Paulo fala tudo com sinceridade.

Em Mateus 5 tem as marcas de um verdadeiro discípulo. As bem aventuranças são marcas de uma vida transformada, redimida, justificada. A pessoa tem consciência da miséria espiritual e por isso chora, mas é consolada (reconciliada), quebrantada, mansa, tem um relacionamento com Deus.

E isso mostrava a diferença de quem segue a Cristo por interesse e os verdadeiros discípulos, que têm um coração puro, sincero; são misericordiosos, pacificadores e é justamente por isso que sofrem perseguição. Isso é a marca do verdadeiro cristão.

Relacionamento sincero, coração aberto, dilatado, sem limite… mas os corintos não mostravam reciprocidade, por isso Paulo reclama e fazia este apelo: que os corintos abrissem o coração para ele, pois paulo os considerava como filhos na fé,

O que aprendemos com esse apelo de Paulo aos corintos?

Primeiro, a preocupação em não dar escândalo também deve ser nossa. Somos pecadores redimidos, justificados, adotados, e isso é permanente. A obra de Cristo é completa em nossa vida, entretanto ainda temos a natureza pecaminosa. O diabo não pode mexer na nossa salvação, mas pode nos trazer tristeza ao nos enlaçar em um pecado; a fim de trazer vergonha ao Evangelho, para nós e tristeza para os envolvidos e afetados pelo pecado. Devemos ter cuidado com essa nossa natureza pecaminosa… cuidado com a vida. Como exemplo disso, o pastor falou da história de Davi e de toda a tristeza em consequência do pecado do homem segundo o coração de Deus.

Segundo, o que recomenda o ministro, um crente: sofrimento. Isso é bem diferente do que se é pregado (Teologia da prosperidade).

Terceiro, a humildade de Paulo em chamar os corintos à reconciliação mesmo não sendo ele o causador. Isso deve chamar nossa situação. Apesar das injúrias, calúnias, difamações, o coração de Paulo continuava aberto. Certamente Paulo sabia que a luta é contra o diabo (que usa as pessoas) e não contra as pessoas.

Portanto, é válido fazer isso em nossos relacionamentos. Pois é sábio ter uma visão macro da história, ciente que Deus controla tudo e tem um propósito.

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